A incontestável revolução no modo de fazer negócios e empreender, com o advento da era digital, tornou imprescindível buscar novas maneiras de atrair e reter clientes, novas estratégias de marketing, mais eficiência na comunicação, para estabelecer com efetividade a marca, ter sucesso e atingir resultados para o negócio.

“O objetivo é que o seu consumidor reconheça facilmente a marca sem que se precise falar muito sobre a empresa” — Daniela Otalvaro, Brand Manager na Rock Content” *

Assim, temos que nos perguntar: se alguém pedir a qualquer colaborador na empresa para lhe falar sobre a marca, todos saberiam responder? Todos responderiam da mesma forma, com o mesmo sentido e significado?

O processo de consolidação da marca demanda estabelecer um conjunto de diretrizes, que sejam permanentes, para toda a empresa, documentá-las e garantir que a identidade da marca esteja presente em todos os conteúdos relacionados ao negócio.

Isso é necessário para que exista uma memória acessível a qualquer pessoa na empresa, para que possam apreender com fidedignidade o conceito da marca.

Uma ideia inconfundível, perdurável e coesa para todos na empresa, do empresário ao colaborador, estabelece uma consistência sobre a essência da marca, que resiste ao tempo, à eventuais problemas com os consumidores ou mudanças na equipe.

Compreendida a essência da marca aumentam as possibilidades da empresa ter maior engajamento de novos consumidores e fidelização de clientes.

No entanto, não basta ter uma definição consolidada da marca para que a conexão com os clientes e consumidores potenciais seja duradoura e agregue valor ao negócio.

É importante ponderar que o consumidor, nem sempre, demonstra em palavras  seus sentimentos em relação à empresa, produto ou serviço.

Portanto, a estratégia de abordar seu público e perguntar o que ele sente em relação à marca é relevante, mas insuficiente.

É necessário incluir a humanização nesse processo, já que, atualmente, os consumidores buscam, cada vez mais, uma conexão pessoal com as empresas.

Para se ajustarem a esse novo tipo de relação, as empresas têm flexibilizado a linguagem, no intuito de criar uma identidade baseada na emoção do cliente e humanização da marca.

O resultado efetivo dessa estratégia está diretamente ligado à identificação das reais demandas do consumidor.

Dessa forma, o negócio não gira com foco primordial em vendas; ao contrário, caminha no sentido de criar conexões sólidas, que, mais cedo ou mais tarde, colocarão a marca numa posição de relevância no seu mercado.

Sob este aspecto, não se pode deixar de considerar algumas variantes:

A legitimidade: ao tratar esse aspecto da estratégia de identidade da marca – humanizar e criar conexões com os clientes – levar em conta que emoções devem ser genuínas e saber o quanto interferem na relação, faz toda a diferença.

O respeito: mais que captar os sentimentos, aqui deve-se se incorporar também o respeito, evitando uma relação de mão única, que tenha por finalidade despertar emoções nos consumidores que sejam puramente de interesse do negócio.

Sem esses parâmetros, a relação entrará por um caminho de manipulação do consumo, será uma conexão passageira, incapaz de criar um real e duradouro relacionamento entre o consumidor e a marca.

“Quando a gente sente que alguém se interessa por nós de maneira legítima e que nos respeita e entende sem que haja sempre uma venda ostensiva por trás, é aí que se firmam as relações”, reflete Liliane Ferrari, consultora de Marketing e especialista em Pinterest”. *

Essa estratégia de posicionamento da marca, baseada em conexões duradouras através da humanização, cuja finalidade é conhecer e entender as emoções e despertar o desejo do consumidor, evidentemente, exige maior responsabilidade da empresa.

Nesse  conceito estratégico, os sentimentos dos clientes não são satisfeitos apenas por produtos e serviços; valem mais as  emoções que a experiência oferecida pela marca causa neles e como afeta suas vidas.

A ideia é que a marca se posicione ao lado dos clientes, entenda e valorize seus sentimentos , desejos e suas emoções,  de tal forma que isso se transforme em atributo da marca, em conexões duradouras e uma nova estratégia de resultados cada vez mais sólidos para a empresa.

*Fonte: RockContent – Content Magazine – Edição nº5 Dezembro 2020

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